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02 abril 2021

269 – Mateus 26.26-30 - A PÁSCOA DO ANTIGO TESTAMENTO FOI SUBSTITUÍDO PELA SANTA CEIA NO NOVO TESTAMENTO.


A Páscoa é, de acordo com o Dicionário Onomástico-Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a Grande festa judaica e cristã, esta a comemorar a  Ressurreição de Jesus Cristo. Do latim vulgar pascua, atestado nas glosas, alteração do latim eclesiástico Pascha, provém do grego páscha, forma documental na versão dos Setenta (que significa: a Páscoa, festa judaica e cristã; "em particular", a refeição da Páscoa; o anho pascal), com origem no hebreu "pasach", que propriamente significa "passagem" e designa a festa celebrada em recordação da saída do Egito (...); serviu depois para designar a festa cristã celebrada em honra da Ressurreição de Jesus Cristo, por motivo da coincidência das datas.

Relato bíblico sobre a última páscoa e a instituição da Santa Ceia
Por isso temos um novo testamento, um novo pacto.


Durante vários séculos, a páscoa judaica viera apontando para o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29). Todavia, chegara o tempo do Senhor Jesus, celebrar a Última Páscoa, juntamente com os seus apóstolos. Este era o momento que Jesus tanto esperava (Luc 22.15). Foi na noite que precedeu a Sua morte, que Jesus e os Seus discípulos comeram a Última Páscoa, substituiu pela Sua Ceia e depois foi morto como o Cordeiro Pascal (Mat 26.17-29; Marc 14.12-26; Luc 22.7-20; João 13 e 14). Portanto, houve duas ceias; a Ceia da Páscoa e a Ceia do Senhor Jesus. Esta foi instituída no final daquela. Lucas menciona dois cálices (Luc 22.17-20); Mateus, Marcos e Lucas mencionam ambas as ceias, João somente cita a Páscoa.

A instituição da Santa Ceia, é relatada por dois apóstolos que foram testemunhas oculares e participantes dela, a saber; Mateus e João. Marcos e Lucas, embora não estivessem presentes na ocasião, suprem alguns pormenores. O apóstolo Paulo, ao dar instruções aos coríntios, fornece esclarecimento sobre algumas de suas particularidades (1 Cor 11.17-34). Tais fontes nos dizem que, na noite antes da Sua morte, Jesus se reuniu com os Seus doze apóstolos em um cenáculo mobiliado para celebrar a Última Páscoa (Mat 26.17-29 e ref.). Com o desejo de cumprir toda a justiça e honrar a lei cerimonial, que ainda durava, Jesus ordenou tudo o que era necessário para comer a Última refeição pascal com os Seus discípulos. Tudo foi feito como Jesus ordenara, e prepararam a Páscoa (Mat 26.17-19). E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com o doze (vs.20). O evangelista Lucas relata que Jesus desejava ansiosamente comer a Última Páscoa com os Seus discípulos. E disse-lhes: tenho desejado ansiosamente comer convosco está Páscoa, antes do meu sofrimento (Luc 22.15).

Jesus tomou os elementos da Páscoa e deu nova significação. Mateus relata: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice e dando graças deu-lho dizendo; bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue do Novo Pacto, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não bebereis deste fruto da vide até àquele dia em que beba de novo convosco no reino de meu Pai. E tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras” (Mat 26.26-30).

A Páscoa judaica encontra seu comprimento e seu fim na, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa no A.T. e a Ceia do Senhor Jesus no N.T., ambas apontam para uma mesma coisa; o Sacrifício de Jesus Cristo! A primeira estava distante da outra por quase quinze séculos, e tinha um caráter prospectivo; apontava para a Cruz de Jesus Cristo; a segunda, a Ceia do Senhor Jesus, também chamada de Santa Ceia, têm um caráter retrospectivo; apontando também à morte de Jesus Cristo.

A Ceia do Senhor Jesus inicia uma nova era e aponta para uma obra já consumada. Podemos observar que, duas festas uniram-se nesta celebração. No cenáculo deu-se um acontecimento notável: A Festa Pascal foi solenemente encerrada (Luc 22.16-18), e a Ceia do Senhor Jesus instituída com uma solenidade ainda mais sublime do que a Páscoa (Luc 22.19-21; 1 Cor 5.7). Portanto, naquela ocasião terminou um período e começou outro; Cristo era o cumprimento de uma ordenança e a consumação da outra. A Páscoa agora tinha servido seu propósito profético, porque o Cordeiro que o sacrifício simbolizava, ia ser morto naquele dia. Por isso foi substituída por uma «nova instituição, apresentando a verdadeira realidade do Cristianismo, como a Páscoa tinha apresentado a do Judaísmo.

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